Cia Grattage

“Um sonho que se sonha só é apenas um sonho que se sonha só. Um sonho que se sonha junto torna-se realidade.” Com essa reflexão do grande músico brasileiro Raul Seixas, a Cia Grattage foi criada. A jornada nos palcos teve início quando o professor William Lima, por meio de suas atividades educacionais, despertou nos alunos uma paixão pelo teatro. Ele os ensinou a transformar a sociedade e seus habitantes por meio das artes, o que gerou um anseio constante por mudanças entre os integrantes do grupo.

Assim, a Cia Grattage emergiu do esforço coletivo de jovens artistas de diversas áreas, buscando maneiras inovadoras de construir elementos teatrais. O foco está na formação pessoal e no desenvolvimento do público local, promovendo a conexão com os equipamentos culturais da região. O grupo se destaca nas áreas de teatro, canto e dança.

Os integrantes da companhia se envolveram em produções significativas, incluindo “100 Anos de Vinicius de Moraes”, “Raízes da África”, “A Era do Rádio” e “Quem não gosta de samba bom sujeito não é”. Apresentaram também no CEU Alvarenga várias produções com a intenção de provocar uma reflexão na comunidade da Pedreira. O Sarau “Cálice” buscou manter viva a memória da ditadura, reafirmando que “lembrar é resistir”, enquanto o Sarau “Brasil Temperado” resgatou a cultura por meio da história da alimentação. Em outro projeto, o Sarau “Do Real ao Imaginário” explorou a transição da infância, destacando que as crianças estão deixando de ser crianças.

A Cia Grattage também colaborou com o coletivo Comer Cultura em um projeto que destacou a importância da alimentação e da cultura local. A participação em saraus mensais no CEU Alvarenga foi igualmente valiosa, fortalecendo os laços com a comunidade.

Outra iniciativa marcante foi o projeto Sen-s-Ações, que abordou as histórias de pessoas invisíveis aos olhos da sociedade, como moradores de rua, drags e usuários de substâncias. A companhia continua na luta, onde a arte se revela como a maior arma na busca por transformação social.